Ativistas ambientais que participam de um evento contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, invadiram uma área do canteiro de obras da usina na manhã desta sexta-feira (15). para chamar a atenção da Conferência Rio+20 sobre o dano que a construção da hidroelétrica de Belo Monte causará ao meio ambiente.
O CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) afirma que o local invadido, uma ensecadeira (barragem provisória para interromper o curso do rio) no sítio Belo Monte, atualmente não está em obras. Por isso, diz a empresa, a ação não interrompeu o andamento dos trabalhos.
As obras seguem normalmente nos cinco canteiros, dos quais o sítio Belo Monte é o principal. O CCBM informou, no final da tarde desta sexta-feira, ter obtido na Justiça ordem de reintegração de posse da área invadida, e que um oficial estava a caminho do local para cumprir a determinação.
O Movimento Xingu Vivo, que organiza a ação, afirma que 300 pessoas participam do protesto. O consórcio diz que são cerca de 50.
O ato faz parte da conferência Xingu +23, evento paralelo à Rio+20 organizado pelo Xingu Vivo com o objetivo de protestar contra Belo Monte.
Os ativistas, entre índios mundurucu e juruna e moradores de Altamira, chegaram ao local pela estrada, às 5h. Não houve confronto. O ator Sérgio Marone participa do ato.
"É importante mostrar que o que for feito aqui em Belo Monte deve servir de exemplo para que o Brasil repense sua política de produção de energia. Hidrelétricas como Belo Monte não podem ser consideradas como energia limpa", disse o ator.
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