Atenção! máquinas e homens na pista. Estas são placas comuns nos trechos em que a rodovia Transamazônica, BR 230, está sendo pavimentada. Entre Altamira e Belo Monte os trabalhos estão avançados. Cerca de 30 quilômetros de pavimentação já foram concluídos. O trecho já possuía 18 quilômetros de asfalto e agora aumentado, vai propiciar melhoria para quem usa a estrada diariamente. “Adeus poeira e lama, disse o motorista Adalberto Lima de Souza, que faz o transporte alternativo entre Altamira e Anapú.
Para quem vive as margens da estrada a satisfação. “eu sabia que não ia morrer sem ver esse sonho realizado”, disse dona Albertina Magalhães, que mora em um sítio perto de Altamira.Já entre Brasil Novo e Medicilândia as obras caminham mais devagar. Os trabalhos estão sendo realizados, mas, alguns trechos do caminho aberto da rodovia precisam de atenção, como pedreiras enormes que fazem parte da geografia do terreno. Essas pedreiras, em sua maioria têm que ser retiradas com dinamite, o que exige cuidado e tempo.
As obras de asfaltamento da Transamazônica fazem parte do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal. A rodovia que tem seus mais de cinco mil quilômetros de extensão esteve abandonada por longos 40 anos. A estrada foi inaugurada na década de 70 com a finalidade de fazer o escoamento da produção desse canto do país e ligar o nordeste ao norte distante e muitas vezes excluído do resto do Brasil.
Na BR-230, a lendária Transamazônica, terceira maior rodovia do Brasil, com 4,9 mil km de extensão, boa parte da estrada está em fase de licitação e preparação para as obras. No trecho que corta o Pará, o orçamento atual para os serviços é de R$ 701,3 milhões, dos quais R$ 156,6 milhões já foram aplicados. Na Transamazônica, diz Luiz Antonio Pagot, do Dnit, as dificuldades não são apenas as chuvas, mas as discussões socioambientais. “Há trechos em que falta anuência de organizações indígenas.”
"O sonho está se tornando realidade"
A BR-230, que tem cerca de 40% das obras concluídas, é uma das rodovias mais antigas do país. Projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), a Transamazônica não sofreu grandes modificações desde que foi lançada em 1972, com um projeto inicial de cortar o país saindo do Amazonas, passando pelo Pará, Maranhão, Piauí, até chegar a Paraíba. Por não ser pavimentada, entre outubro e março costuma ficar intransitável devido às chuvas.
Segundo o Dnit, as obras da BR-230, que passa a cem quilômetros do local onde será instalada a usina hidrelétrica de Belo Monte, já receberam autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para serem executadas. Falta ainda a anuência de algumas organizações indígenas, afirma Pagot. “Somente após a liberação das sociedades indígenas é que podemos pedir a liberação das obras ao Ibama.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário