quarta-feira, 13 de junho de 2012

ANAPU PODE GANHAR SISTEMA ECOLÓGICO DE PLANTIO DE CACAU

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Anapu, planeja introduzir o sistema “monoclonal” para plantio de cacau, com seleção e enxertia de material genético diferenciado, como alternativa ao método tradicional, de derrubada e queima. Além de resguardar o solo da queima, o sistema de 'cacau monoclonal', por se basear no uso de clones das árvores mais produtivas e autocompatíveis (que permitem o cruzamento com seu próprio pólen), resulta em mais frutos e com melhor qualidade.

O projeto-piloto deve ser implantado a partir de julho na comunidade São Judas, onde 15 famílias mantêm cerca de 200 hectares de cacau. 'Estamos fazendo reuniões com a Comunidade, no sentido de consulta e capacitação, para avaliar o interesse das famílias e detalhar como se dá esse processo diferenciado', explica o técnico em agropecuária da Emater Sidevaldo de Jesus.

De acordo com Jesus, a técnica do 'cacau monoclonal' inicia com a seleção, por observação empírica e confirmação científica, das plantas com mais aptidões produtivas, com até 150% a mais de potencial, em comparação às plantas normais. 'O próprio agricultor indica as árvores que ele reconhece como melhores e os técnicos da Emater acompanham cientificamente as plantas por pelo menos três anos, coletando dados e analisando', diz ele.

A partir da seleção, faz-se, então, manualmente, a 'garfagem' (modo de enxerto) e a produção de mudas e de brotos basais. Segundo a Emater, a longo prazo o sistema do cacau monoclonal barateia os custos da produção e, com o manejo correto, facilita a preservação do solo.

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