quinta-feira, 14 de junho de 2012

XINGU+23 DEBATE OS IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DA USINA DE BELO MONTE


Encontro paralelo à Rio+20 é contrário a construção da hidrelétrica no Xingu.Cerca de 500 pessoas são esperadas em Altamira para debater o assunto.

Os ativistas contrários à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, participam nesta quinta-feira (14) de uma debate sobre o capital e a Amazônia, na comunidade Santo Antônio, a 50 km da sede do município onde ocorre o encontro Xingu+23.
 
Paralelo à Rio+20, o evento de Altamira foi aberto com uma missa em homenagem ao santo que dá nome a comunidade. O local fica no entorno da área onde está sendo erguida a usina de Belo Monte. Etnias indígenas da região participam do encontro que encerra no próximo domingo (17).

O Xingu+23 é um movimento de resistência à construção de Belo Monte. Para os ativistas, a construção da hidrelétrica no rio Xingu é um “atentado à vida” de diferentes povos que vivem na região, sobretudo dos índios. 

Durante quatro dias, pescadores, ribeirinhos, pequenos agricultores, indígenas, movimentos sociais, acadêmicos, ativistas e demais defensores do Xingu vão debater temas contrários o projeto de construção da barragem.

Esse encontro “marca os 23 anos da primeira vitória dos povos contra o projeto de barramento do rio em 1989, após o histórico 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu”, divulgaram os organizadores do evento.
 
São esperadas cerca de 500 pessoas durante a programação do Xingu+23. Nesta sexta-feira (15), uma marcha contra Belo Monte vai percorrer as ruas de Altamira para sensibilizar a sociedade local sobre os impactos do empreendimento na vida da população do município.

“Queremos fortalecer a luta dos atingidos contra a hidrelétrica e pelo respeito aos seus direitos sociais, econômicos, culturais e territoriais”, afirmam os ativistas. 

De acordo com o Movimento Xingu Vivo para Sempre, o Xingu + 23 visa, além de fortalecer os movimentos de resistência, reafirmar que, diante das fragilidades técnicas, econômicas, jurídicas e políticas do projeto, Belo Monte não é um fato consumado.

Um comentário:

  1. É difícil a batalha, mas a vontade de construir um mundo onde todos tenham direitos iguais estar no coração dos verdadeiros guerreiros. Povo de Altamira, continue lutando por os sonhos de vocês, pois a vitória, com certeza, vem.

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