quinta-feira, 23 de junho de 2011

EM DEZ ANOS O ESTADO DO PARÁ REGISTROU 219 ASSASSINATOS NO CAMPO, E QUASE NINGUÉM FOI PUNIDO

O procurador José Marques Teixeira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que participa de audiência pública sobre violência no campo na Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado, afirmou que durante dez anos 219 pessoas foram assassinadas no campo, com apenas quatro condenações e 37 caso não tiveram qualquer instauração de inquérito para apurar as mortes.

Um exemplo dado por José Marques sobre a lentidão e a dificuldade da Justiça agir em casos de assassinatos foi o assassinato do agricultor Antônio Francisco dos Santos, assassinado em Anapu, em 2002.

“A delegacia só foi implantada em outubro de 2006. Até então, os inquéritos eram feitos de forma precária pela Polícia Militar.

A forma de apurar só milita no sentido de a impunidade seja sacramentada, ainda que pessoas acusadas de crimes sejam processadas”, disse o procurador.

Para Gercino da Silva Filho, presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, os principais motivos para a constante violência no campo que leva aos assassinatos de trabalhadores rurais são as grilagens de terras públicas, a ocupação ilegal dessas áreas e a extração ilegal de madeiras. Ainda segundo ele, uma forma de solucionar os problemas agrários são os mutirões judiciais que podem acelerar os processos e inquéritos sobre conflitos agrários.

2 comentários:

  1. Enquanto Tapajós e Carajás não se emanciparem, vão continuar ocorrendo mortes, violência e desmando no Pará. Não há como governar uma região abandonada pelo poder público. O Pará é imenso por isso é preciso emancipar para que todos se desenvolvam, inclusive será melhor para a região de Belém e Marajó.

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  2. Olá amigo, sou Gutemberg Cruz, assessor de imprensa do Consórcio Construtor Belo Monte, é possível vc me passar algum contato deste blog.

    gutemberg.cruz@fsb.com.br

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