terça-feira, 7 de junho de 2011

PADRE AMARO CELEBRA MISSA NA CAMARA FEDERAL EM HOMENAGEM A TRABALHADORES RURAIS ASSASSINADOS

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Padre Amaro (esq.), e o deputado Padre Ton celebraram juntos a missa.

A Câmara promoveu hoje uma missa em homenagem aos trabalhadores rurais mortos em conflitos agrários nos últimos dias. A missa foi celebrada pelo deputado Padre Ton (PT-RO) e pelo padre José Amaro, amigo da missionária Dorothy Stang, morta em 2005.
Participaram da missa vários trabalhadores do Pará e de Rondônia, estados em que ocorreram as últimas cinco mortes.

Um dos trabalhadores presentes à missa, Francisco Tadeu Silva, de 43 anos, foi ameaçado de morte no Pará, onde ocorreu o assassinato do casal José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. Silva havia sido chamado pelo casal para ocupar um lote há cerca de um ano e meio e soube por um jornal local que pode ser assassinado. "Minha esposa está muito nervosa e quer deixar a região”, disse.
Segundo Silva, até o momento as autoridades locais não providenciaram nenhuma proteção para as pessoas ameaçadas. “A polícia está investigando apenas as mortes. Eles nos visitam para pegar depoimentos e dar entrevistas, mas para nos proteger mesmo não fica ninguém”, afirmou.
Para o deputado Cláudio Puty (PT-PA), o conflito não está restrito à disputa por terras. “É fundamentalmente uma disputa ambiental, por madeira e pelo acesso às terras onde tem madeira”, explicou.
Rondônia
Em Rondônia, foi assassinado o líder da Associação dos Camponeses do Amazonas Adelino Ramos. Mas, de acordo com Agenor Oliveira, administrador de Vista Alegre do Abunã, a questão da regularização fundiária já causou várias outras mortes no estado. "Tenho esperança que, após essa fatalidade, o poder público se faça presente e resolva de vez a questão da regularização fundiária naquela região", afirma.
Para Padre Ton, a situação é agravada pela desconfiança da população quanto ao Estado. "O povo não confia nem nos juízes nem na polícia porque eles têm deliberado para os grandes proprietários. Até as ações do Incra têm sido contra os pequenos posseiros”, relata.

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