O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu) está preparando uma grande mobilização em defesa das mais de seis mil famílias que residem em áreas de risco em Altamira e que terão suas casas alagadas pelo reservatório da hidrelétrica de Belo Monte. O fórum, que reúne mais de 170 entidades da região, vai cobrar publicamente a Norte Energia, responsável pela usina, o cumprimento das medidas de apoio e definição do destino destas famílias.
A mobilização inclui uma intensa campanha de publicidade com a veiculação de mídia em centenas de outdoors em Altamira a região, cobrando da Norte Energia uma definição da situação destas quase 30 mil pessoas. A mensagem será forte. A mídia deve contar imagens das palafitas onde a maioria das famílias reside e a pergunta: Até quando? , além de uma frase exigindo da Norte Energia que cumpra com o que determina os estudos de impactos ambientais e o Plano Básico Ambiental de Belo Monte.
De acordo com Vilmar Soares, coordenador geral do FORT Xingu, o objetivo da mobilização é sensibilizar os diretores da Norte Energia para que a empresa acelere as decisões a respeito do cumprimento dos compromissos com estas famílias. “Muito se fala que estas pessoas vão morar em um bairro novo, com toda infraestrutura e moradias dignas, mas a verdade é que até o momento não se definiu nada. Estas pessoas são o lado mais fraco deste processo e não podem ficar por último, tem que ser os primeiros a serem atendidos, até porque serão os mais afetados”, explica Vilmar Soares.
O coordenador informa que além da campanha publicitária, o FORT Xingu também vai coletar milhares de assinaturas em um abaixo-assinado, pedindo que a Norte Energia defina as áreas para onde as famílias serão realocadas e que esta definição atenda o que determina o EIA/RIMA e o PBA. De acordo com estes estudos, estas pessoas não podem ser transferidas para áreas fora do núcleo urbano de Altamira nem muito distante do local onde vivem hoje. “Sentimos que estão empurrando com a barriga esta definição e não vamos aceitar isso”, garante Vilmar Soares.
Ele também garante que o abaixo-assinado será encaminhado para o governo federal, o Ibama e também para o Ministério Público Federal. “O FORT Xingu tem em sua composição dezenas de entidades de bairros que representam estas famílias. Não vamos permitir que os compromissos sejam esquecidos e se necessário vamos recorrer ao Poder Judiciário, através do Ministério Público Federal e com ações para que a Norte Energia cumpra com as sua s obrigações perante estas famílias”, finaliza Vilmar Soares.
Fort Xingu
A mobilização inclui uma intensa campanha de publicidade com a veiculação de mídia em centenas de outdoors em Altamira a região, cobrando da Norte Energia uma definição da situação destas quase 30 mil pessoas. A mensagem será forte. A mídia deve contar imagens das palafitas onde a maioria das famílias reside e a pergunta: Até quando? , além de uma frase exigindo da Norte Energia que cumpra com o que determina os estudos de impactos ambientais e o Plano Básico Ambiental de Belo Monte.
De acordo com Vilmar Soares, coordenador geral do FORT Xingu, o objetivo da mobilização é sensibilizar os diretores da Norte Energia para que a empresa acelere as decisões a respeito do cumprimento dos compromissos com estas famílias. “Muito se fala que estas pessoas vão morar em um bairro novo, com toda infraestrutura e moradias dignas, mas a verdade é que até o momento não se definiu nada. Estas pessoas são o lado mais fraco deste processo e não podem ficar por último, tem que ser os primeiros a serem atendidos, até porque serão os mais afetados”, explica Vilmar Soares.
O coordenador informa que além da campanha publicitária, o FORT Xingu também vai coletar milhares de assinaturas em um abaixo-assinado, pedindo que a Norte Energia defina as áreas para onde as famílias serão realocadas e que esta definição atenda o que determina o EIA/RIMA e o PBA. De acordo com estes estudos, estas pessoas não podem ser transferidas para áreas fora do núcleo urbano de Altamira nem muito distante do local onde vivem hoje. “Sentimos que estão empurrando com a barriga esta definição e não vamos aceitar isso”, garante Vilmar Soares.
Ele também garante que o abaixo-assinado será encaminhado para o governo federal, o Ibama e também para o Ministério Público Federal. “O FORT Xingu tem em sua composição dezenas de entidades de bairros que representam estas famílias. Não vamos permitir que os compromissos sejam esquecidos e se necessário vamos recorrer ao Poder Judiciário, através do Ministério Público Federal e com ações para que a Norte Energia cumpra com as sua s obrigações perante estas famílias”, finaliza Vilmar Soares.
Fort Xingu
EMANCIPAÇÃO SERÁ O MAIOR INVESTIMENTO NA AMAZÔNIA.
ResponderExcluirNo dia 11 de dezembro o Brasil verá, pela primeira vez, o povo se manifestando num plebiscito sobre a reorganização territorial e criação de novos Estados. Todos os demais Estados criados após a Independência foram resultado de decisões autoritárias. O Tocantins seria a exceção, mas neste caso quem se manifestou foi o Congresso constituinte e não o povo.
Mato Grosso foi dividido por uma canetada do general-presidente Figueiredo. Amapá, Acre, Rondônia e Roraima foram decisões do ditador Getúlio Vargas que os fez Territórios Federais depois transformados em Estados pelos constituintes de 1988. Muito antes, dom Pedro II criou Paraná e Amazonas. A própria capital federal, Brasília, cujo território foi retirado de Goiás, foi decisão solitária de Juscelino Kubistchek, projeto que enterrou o país na onda inflacionária que até hoje nos atemoriza.
O plebiscito pelo Tapajós e Carajás é, portanto, uma experiência sócio-política inédita e por isso o Brasil deveria prestar mais atenção, ao invés de as elites nacionais, especialmente a "grande" imprensa, ficarem desdenhando e externando o seu conhecido preconceito a respeito de tudo que se faz e tenta fazer na Amazônia. Seu preconceito só não se manifesta em relação ao saque dos recursos naturais daqui para lá.
Os que se opõem usam os mesmos surrados argumentos do passado, de que uma nova unidade autônoma sairia muito caro. Caro ao país é o projetado "trem-bala" Rio-S.Paulo, bilhões que poderiam ser empregados na construção de rodovias e ferrovias decentes por todo o país. Caro aos milhões de amazônidas são os mega-projetos de gigantescas hidrelétricas e de mineração que carregam as riquezas da região para fora, muito pouco ou nada deixando aos brasileiros da Amazônia, tão brasileiros quanto os demais. Caro, caríssimo ao Brasil é a percepção de governos tanto ditatoriais como democráticos que continuam a encarar a região como colônia do Brasil e do grande capital, nacional e estrangeiro.