A viúva de Dezinho, Maria Joel, e a filha, Joelma, dizem
que a memória do sindicalista não será perdida
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Muitos estudantes e cerca de 60 trabalhadores rurais da região de Rondon do Pará vieram em caravana para acompanhar o júri. Eles se deslocaram desde a quarta-feira para assistirem ao julgamento que começou às 08h desta quinta-feira (24), no plenário do Fórum Criminal de Belém, sob a presidência do juiz Raimundo Moisés Alves Flexa.
Após a leitura da sentença, a viúva do sindicalista, em entrevista à imprensa, afirmou que deverá recorrer, através dos assistentes de acusação, da sentença absolutória. Na frente do prédio, os agricultores foram prestar solidariedade à Maria Joel, viúva do sindicalista. Nas manifestações, a palavra de ordem repetiam que “a luta não acabava ali”. Os agricultores cantaram músicas, repetiam “Dezinho Vive”. Integrantes do Movida também se juntaram aos manifestos de solidariedade e apoio aos companheiros e familiares da vítima
Entenda o caso - Dezinho foi assassinado por disparos de arma de fogo, bem em frente de sua casa, em 21/11/2000, em Rondon do Pará, município localizado na Região da Transamazônia, Sudeste do Estado. O sindicalista baleado procurou segurar o atirador, que ao tentar escapar, ensanguentado, caiu junto da vítima e foi capturado pelos vizinhos e mulher do sindicalista, que o impediram de fugir.
Além do executor e dos dois julgados hoje, mais três foram denunciadas e acusados como coautores do crime, entre eles o fazendeiro e madeireiro da região Décio José Barros Nunes, o Delsão. Ele também responde como mandante da execução. O processo foi desmembrado por se encontrar em grau de recurso. Outros dois, Igoismar Mariano Nunes e Rogério de Oliveira Dias, estão foragidos e têm prisão preventiva decretada pela justiça.
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