A ideia das deputadas é sobrevoar toda a região de Altamira e manter encontros com o bispo do Xingu, Dom Erwin Krautler e com o movimento Xingu Vivo.
Os ecos da controversa construção da hidrelétrico de Belo Monte fizeram com que três deputadas do Partido Verde de países europeus viessem ao Brasil conhecer de perto a usina e trocar impressões com autoridades do Executivo, do Ministério Público Federal, do Judiciário e movimentos sociais, principalmente de Altamira. As deputadas Ulrike Lunacek (austríaca) e Catherine Greze e Eva Joly (francesas) receberam a imprensa num pequeno auditório da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH) ao lado do presidente da entidade, Marco Apolo Leão e do procurador da República Ubiratan Cazetta. . “Como ambientalistas estamos preocupadas com a situação dos índios e moradores de Altamira”, afirmou Ulrike Lunacek.
“A quantidade de dinheiro nesse megaprojeto seria melhor investido se fosse em projetos de eficiência energética, que é onde estarão os projetos do futuro”, disse. As deputadas também irão visitar as comunidades afetadas e falar com a Norte Energia S.A, empresa responsável por Belo Monte. “Estamos preocupadas com o que vai ocorrer com o rio. Sabemos que haverá mineração, o que coloca em perigo toda aquela área”, afirmou Eva Joly.
Desde o início do projeto de Belo Monte, a Bancada dos Verdes no Parlamento Europeu acompanha a controvérsia sobre a barragem. “O tamanho, o custo e os efeitos projetados convidam a refletir sobre o modelo energético que queremos para preservar a terra para o futuro”, diz Ulrike Lunacek.
“Além das preocupações com a questão social e ambiental na Amazônia, o interesse de nós, parlamentares, em Belo Monte é reforçado pela participação de várias empresas europeias no projeto, seja como fornecedoras de equipamento, seja nos processos de seguro e resseguro, seja como acionistas indiretas da Norte Energia“, diz Eva Joly. Entre as empresas da Europa envolvidas no negócio estão a austríaca Andritz, a espanhola Iberdrola, a francesa Alstom e as alemãs Voith Siemens, Munich Re e Allianz.
DOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário