Os colonos denunciaram a invasão e obstruíram a estrada que dá acesso ao PDS desde o final da semana passada, exigindo a construção de guaritas nas duas entradas da área, a revisão ocupacional no PDS e a pavimentação da estrada que dá acesso ao local. Em resposta, outra divisão de assentados que negocia com os madeireiros ameaçou fechar a rodovia Transamazônica (BR-230) se o governo insistisse em combater a exploração.
A superintendente do Incra em Santarém, Cleide Souza, em reunião com os assentados, garantiu que o órgão vai cumprir com as três medidas exigidas pelos assentados do PDS. O clima é de tensão.
Na terça-feira, 25, o ouvidor agrário nacional, Gercino Silva Filho, chegará a Altamira para participar de audiência pública da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, onde um grupo de assentados do PDS de Anapu estará presente para denunciar a extração ilegal de madeira na área do Boa Esperança.
A ida da força policial federal a Anapu havia sido requisitada pelo Ministério Público Federal desde agosto de 2010, quando houve várias denúncias dos assentados à Procuradoria da República em Altamira. Só esta semana o pedido foi atendido, após o governo estadual reforçar o policiamento na área.
O PDS Boa Esperança foi idealizado pela missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005 a mando de grileiros de terra da região de Anapu e Altamira. Após sua morte, de acordo com a irmã Jane Dwyer, da Congregação Notre Dame, foi garantida a fiscalização na área nos anos seguintes até o final de 2008. A partir de 2009, as invasões dos madeireiros no PDS recomeçaram.
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