Três médicos cubanos que vieram trabalhar em Altamira foram recepcionados pelos movimentos sociais da região na tarde de sexta-feira (20), ao desembarcarem no aeroporto do município.
Os profissionais, duas mulheres e um homem, vão trabalhar nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Sua vinda faz parte do programa Mais Médicos, do governo federal.
Segundo o Ministério da Saúde, o país tem um déficit de 160 mil médicos em todo o país. E a distribuição desses profissionais no território também é desigual. O estado do Pará possui menos de um médico para cada mil habitantes (assim como o Acre, o Amapá, o Maranhão e o Piauí).
Mesmo assim, a categoria médica se organizou para tentar impedir a vinda desses profissionais, cujo destino é ocupar as vagas nos lugares mais pobres e com dificuldade de acesso a políticas públicas.
Em Altamira, ainda está prevista a chegada de mais um médico para trabalhar na área urbana de Altamira. A cidade, pólo local que já recebe pacientes de toda a região, ficou sobrecarregada com o aumento da população provocado pela hidrelétrica de Belo Monte. Em menos de cinco anos, sua população subiu de 99 mil para mais de 150 mil habitantes.
Na recepção, os médicos foram saudados com canções e palavras de ordem e receberam flores, chocolates e bandeiras dos movimentos sociais. “Em uma região como essa, historicamente abandonada pelo Estado, recebemos com grande alegria a chegada desses companheiros”, afirmou Eliane Moreira, militante do MAB em Altamira.
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