quarta-feira, 11 de setembro de 2013

MPF ADVERTE SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E PROCURADORIA DO ESTADO DO PARÁ CONTRA LICENÇA À BELO SUN

Empresa Canadense Belo Sun realizando pesquisas na volta grande do Xingu
Peritos do Ministério Público Federal descobriram que a empresa já duplicou a quantidade de ouro a ser extraída na volta grande do Xingu sem estudar o impacto disso, estudos do impacto sobre indígenas também não foram feitos 

O Ministério Público Federal advertiu a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Pará contra a emissão de licença ambiental para o projeto de mineração que a empresa canadense Belo Sun quer implantar no rio Xingu, ao lado da área onde é construída a usina hidrelétrica de Belo Monte. Trata-se da instalação da maior mina de ouro do Brasil ao lado da obra da maior usina hidrelétrica do país, no trecho conhecido como Volta Grande do Xingu.

O principal problema é que não houve até agora nenhum estudo sobre o impacto da mineração nas populações Arara e Juruna da Volta Grande do Xingu, já severamente impactadas pelas obras da usina. Além disso, peritos da Procuradoria Geral da República descobriram que a empresa anunciou aos acionistas em seu site que vai extrair da mina o dobro de ouro que estava previsto nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA). Nos Estudos estavam previstas reservas de 37 milhões de toneladas de ouro. Aos acionistas, a Belo Sun informou reservas de mais de 88 milhões de toneladas de ouro. Outra falha grave dos estudos é que a empresa não sabe informar com precisão o número de migrantes que o empreendimento pode atrair para a já sobrecarregada região do médio Xingu.

Fonte: MPF

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