Empresa Canadense Belo
Sun realizando pesquisas na volta grande do Xingu
|
Peritos do Ministério Público Federal descobriram que a
empresa já duplicou a quantidade de ouro a ser extraída na volta grande do
Xingu sem estudar o impacto disso, estudos do impacto sobre indígenas também
não foram feitos
O Ministério Público Federal advertiu a Secretaria de Meio
Ambiente (Sema) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Pará contra a emissão
de licença ambiental para o projeto de mineração que a empresa canadense Belo
Sun quer implantar no rio Xingu, ao lado da área onde é construída a usina
hidrelétrica de Belo Monte. Trata-se da instalação da maior mina de ouro do
Brasil ao lado da obra da maior usina hidrelétrica do país, no trecho conhecido
como Volta Grande do Xingu.
O principal problema é que não houve até agora nenhum estudo
sobre o impacto da mineração nas populações Arara e Juruna da Volta Grande do
Xingu, já severamente impactadas pelas obras da usina. Além disso, peritos da
Procuradoria Geral da República descobriram que a empresa anunciou aos
acionistas em seu site que vai extrair da mina o dobro de ouro que estava
previsto nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA). Nos Estudos estavam previstas
reservas de 37 milhões de toneladas de ouro. Aos acionistas, a Belo Sun informou
reservas de mais de 88 milhões de toneladas de ouro. Outra falha grave dos
estudos é que a empresa não sabe informar com precisão o número de migrantes
que o empreendimento pode atrair para a já sobrecarregada região do médio
Xingu.
Fonte: MPF
Nenhum comentário:
Postar um comentário