Moradores da Estação Ecológica da Terra do Meio, no alto rio
Iriri, enviaram pedido para procuradores de Altamira, assinado com as digitais
porque a comunidade inteira é analfabeta
O Ministério Público Federal pediu a inclusão da comunidade
de beiradeiros (ribeirinhos) do alto rio Iriri, em Altamira, como prioridade
para a educação no município. Em resposta, a Secretaria de Educação do Pará
abriu edital para contratar professor e iniciar o trabalho na comunidade, que
nunca tiveram acesso à escola. Eles enviaram um documento ao MPF em Altamira
pedindo a abertura da escola e assinaram com as digitais, porque todos são
analfabetos.
“Salta aos olhos que essa comunidade, formada por cinco
gerações de analfabetos, tenha pleiteado como demanda primeira o acesso à
educação, sem que para tanto seja forçada a deixar seu modo de vida tradicional
e se aproximar dos núcleos urbanos”, diz ofício assinado pela procuradora Thais
Santi, dirigido à secretaria de educação de Altamira, para quem o MPF também
solicitou prioridade para os beiradeiros do Iriri.
A secretaria estadual
de educação já respondeu e abriu o edital para contratar professor e aceita
inscrições de candidatos até a próxima sexta-feira, 16 de agosto. O edital foi
retificado e exige dos candidatos “Curso de Licenciatura, de Graduação Plena,
ou nível médio na Modalidade.
A comunidade de beiradeiros do alto Iriri é uma das mais
carentes vivendo nas unidades de conservação da região do Xingu. Ao contrário
dos moradores de Reservas Extrativistas
e Terras Indígenas, eles não foram reconhecidos como população tradicional e o
acesso aos recursos naturais é limitado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio). A Estação Ecológica é uma unidade de conservação de
proteção integral.
Os ribeirinhos já conseguiram pactuar um termo de
compromisso com o ICMBio, aprovado pelo conselho consultivo da unidade de
conservação. O termo estabelece as regras de permanência dessa comunidade
dentro da Estação, ao mesmo tempo que expressa o reconhecimento da União quanto ao perfil dessa população como
tradicional. O termo aguarda apenas assinatura da presidência do Instituto para
entrar em vigor.
Para o MPF os beiradeiros do Iriri precisam ser beneficiados
imediatamente por políticas públicas de saúde e educação. Hoje em dia, as
caravanas de saúde que percorrem as reservas vizinhas chegam até a divisa da
Estação Ecológica e voltam, sem atendê-los. Mesmo assim, a comunidade pediu
primeiro a criação da escola. “Independente de acordo com o ICMBio, temos a
firme convicção de que eles tem que receber imediatamente as políticas públicas
de saúde e educação a que tem direito”, explica a procuradora Thais Santi, que
visitou a comunidade recentemente.
Esses coitados estão ferrados, pois vão servir aos anseios das ONGS, pois irão viver isolados para sempre, sem conforto, sem poderem prosperar, pois a ICMBIO e ISA não deixa eles desmatarem para produzir. Para visitar estas pessoas, tem que ter autorização destes órgãos e ONGS. Vende o pouco que conseguem produzir a preço de banana em fim de feira. Sem falar nos óleos ricos, copaíba, Andiroba e outras especiarias que são intermediadas e vendidas para fora do Brasil. Coitado de Altamira, pois não consegue fazer uma estrada se quer na Região. Duvido que a CEPLAC ou EMATER Visitem este povo para mostrar técnicas de produção.
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