Antonio José. Foto: Candido Neto |
Artigo da jornalista Natália Guerrero, da revista Caros Amigos
Anapu, cidade paraense que atraiu olhares do mundo pelo assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang, em 2005, testemunha nova escalada de tensões envolvendo ocupações irregulares e extração ilegal de madeira nos projetos de assentamento da região.
“Vai-te embora, que tá na hora...” Reza o ditado que quem avisa amigo é, mas Antonio José Ferreira aprendeu a duvidar. O chefe do posto avançado do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Anapu sabe que o zelo aparente desse tipo de recado pode travestir a mais comum das formas de ameaça. E, nos últimos tempos, Antonio tem recebido um bom número delas, motivo pelo qual conduz seus trabalhos, desde 11 de outubro, com presença da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
O servidor do Incra sempre soube que conflitos o aguardavam quando para lá foi enviado, em 2010. Em um lugar onde o controle da terra e de seus recursos é tão disputado, representar o órgão estatal fundiário por excelência pode equivaler a administrar um barril de pólvora. Afinal, Anapu não ganhou notoriedade pelo vistoso sombreado de suas florestas, mas pelos desfechos trágicos que permeiam seu histórico de conflitos, notadamente o assassinato de irmã Dorothy Stang, em 2005. Conflitos comuns a muitas cidades amazônicas, e que envolvem extração ilegal de madeira, grilagem de terras públicas, escândalos políticos e criminalização de lideranças e movimentos sociais.
Seis anos se passaram, mas pouco mudou no quadro que teria resultado na morte de Dorothy. Prova disso é a escalada de tensões que vem se desenhando desde o final de 2010, quando assentados começaram a denunciar mais incisivamente as investidas sobre suas terras e florestas, provocando reações também mais radicais entre os que vinham se beneficiando com essas atividades criminosas.
É nesse meio de campo que atua Antonio. “Hoje, a cada hora chega uma notícia, ‘fulano tá falando isso, ciclano tá ameaçando, dizendo que tá na hora de tu sair’. Até minha família, eles vinham falar com a minha esposa: ‘olha, não anda muito com teu marido por aí, pede para ele ir embora, porque eles já mataram a Dorothy, e o que é um simples servidor?”
Anapu, cidade paraense que atraiu olhares do mundo pelo assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang, em 2005, testemunha nova escalada de tensões envolvendo ocupações irregulares e extração ilegal de madeira nos projetos de assentamento da região.
“Vai-te embora, que tá na hora...” Reza o ditado que quem avisa amigo é, mas Antonio José Ferreira aprendeu a duvidar. O chefe do posto avançado do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Anapu sabe que o zelo aparente desse tipo de recado pode travestir a mais comum das formas de ameaça. E, nos últimos tempos, Antonio tem recebido um bom número delas, motivo pelo qual conduz seus trabalhos, desde 11 de outubro, com presença da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
O servidor do Incra sempre soube que conflitos o aguardavam quando para lá foi enviado, em 2010. Em um lugar onde o controle da terra e de seus recursos é tão disputado, representar o órgão estatal fundiário por excelência pode equivaler a administrar um barril de pólvora. Afinal, Anapu não ganhou notoriedade pelo vistoso sombreado de suas florestas, mas pelos desfechos trágicos que permeiam seu histórico de conflitos, notadamente o assassinato de irmã Dorothy Stang, em 2005. Conflitos comuns a muitas cidades amazônicas, e que envolvem extração ilegal de madeira, grilagem de terras públicas, escândalos políticos e criminalização de lideranças e movimentos sociais.
Seis anos se passaram, mas pouco mudou no quadro que teria resultado na morte de Dorothy. Prova disso é a escalada de tensões que vem se desenhando desde o final de 2010, quando assentados começaram a denunciar mais incisivamente as investidas sobre suas terras e florestas, provocando reações também mais radicais entre os que vinham se beneficiando com essas atividades criminosas.
É nesse meio de campo que atua Antonio. “Hoje, a cada hora chega uma notícia, ‘fulano tá falando isso, ciclano tá ameaçando, dizendo que tá na hora de tu sair’. Até minha família, eles vinham falar com a minha esposa: ‘olha, não anda muito com teu marido por aí, pede para ele ir embora, porque eles já mataram a Dorothy, e o que é um simples servidor?”
COMENTÁRIO DE ANDRE PAXIUBA SOBRE AS PALAVRAS DO GOVERNADOR SIMÃO JATENE APRESENTA DADOS INTERESSANTES.
ResponderExcluirPermita-me lembra-lhe governador de alguns números para o senhor refletir melhor: O Pará possui algo em torno de 5.300km de rodovias estadual asfaltada. No Tapajós são apenas 127km; em 2010 o governo do estado gastou em despesas públicas e investimento aproximadamente R$ 12 bilhões de reais. No tapajós que detém 58% de todo território do Pará, o gasto foi de R$ 520 milhões, menos de 5%. A renda percapta do município de Santarém está estacionada em R$ 454,00 reais. O governo não tem capacidade de investimento pois fecha o ano com déficit fiscal de (R$ 110milhões em 2010). Como dar solução a esses problemas com um Estado gigante e deficitário? A solução governador é mesmo a emancipação do Tapajós. Diga 77 o senhor também.
O Pará já está dividido, sempre esteve. Portanto, que seja legalizado como tal, já que um povo não pode viver subjugado. O povo não pode ser infeliz. Pessoas não podem conviver com mágoas. Vamos votar Sim ao Tapajós, será nossa carta de alforria.
O plebiscito é um processo democrático – Esta é a primeira vez que o povo do Pará é chamado para tomar uma decisão importante, decisão que pode mudar sua vida para melhor. Mas as velhas elites políticas de Belém não gostam disso. Tudo que pode ser melhor para o povo contraria a vontade dessas elites, acostumadas a mandar e decidir pelo povo, a se dar bem com o dinheiro público. Esta é uma rara oportunidade que têm os paraenses para mudar o rumo da sua própria história e construir um futuro melhor para esta e as gerações futuras.
ESTADO DO CARAJÁS E TAPAJÓS É DESENVOLVIMENTO.