segunda-feira, 7 de novembro de 2011

GOVERNO DISCUTE AÇÕES PARA IMPACTOS DE BELO MONTE


Criar um sistema de acompanhamento conjunto que possa reduzir os impactos sociais que a construção da usina de Belo Monte pode causar nos 11 municípios do entorno da futura hidrelétrica. Foi isso o que o governador Simão Jatene propôs durante um encontro realizado na manhã desta segunda-feira, 7, no Palácio dos Despachos, com os secretários de estado das áreas consideradas prioritárias: educação, saúde, segurança, emprego e renda e assistência social, além do presidente do Consórcio Norte Energia, Carlos Nascimento, e a prefeita do município de Altamira, Odileida Sampaio.

Na opinião do governador é necessário que se responda às demandas da sociedade local o mais rápido possível. “Não podemos transferir responsabilidade para esconder fragilidades. Por isso, convoquei esta reunião, para que possamos encontrar a solução e fazer a coisa acontecer”, ressaltou. Ele também sugeriu ao presidente do consórcio Norte Energia, responsável pela execução da obra, que os investimentos feitos pelo consórcio nos municípios afetados pela usina sejam discutidos em conjunto com as secretarias do estado e de cada município. “Por exemplo, se for necessária a construção de um hospital, vocês (consórcio) constroem e o estado entra com a operacionalização. A minha preocupação é que se invista dinheiro em coisas desnecessárias que não irão resolver os problemas do dia a dia da população, por isso temos que deixar bem claro quais são as reais necessidades”, enfatizou Simão Jatene.
 A prefeita de Altamira ressaltou que a área que mais preocupa no município é a saúde. “Fico muito feliz com a preocupação que o governador está tendo, até porque eu acho que a coisa precisa a ser tratada com responsabilidade e naturalidade. A saúde é uma questão que me preocupa muito, precisamos criar novas unidades de saúde e requalificar nossos hospitais”, disse. O secretário de saúde, Hélio Franco, que também acompanhou a reunião, afirmou que a Sespa já fez o levantamento do orçamento das unidades básicas de saúde que devem ser construídas no entorno da usina. Segundo ele, somente em Altamira será necessária a criação de 100 novos leitos para atender a demanda que surgirá com a instalação da hidrelétrica.

Para o presidente do consórcio, o acompanhamento conjunto com o estado fará com que os problemas sejam minimizados. “Nós estamos tratando da maior obra do planeta. Temos que priorizar aquilo que é de maior interesse para o nosso país, mas temos também, a obrigação de cumprir e atender as demandas do nosso povo”, concluiu Nascimento. (Ag. Pará)

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