As obras de asfaltamento da Rodovia Transamazônica (BR-230) continuam em ritmo acelerado em dois trechos da estrada entre as cidades de Altamira e Marabá, Nesta sexta-feira, 25, integrantes do Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu) percorreram quase 600 quilômetros da rodovia para acompanhar as obras. A equipe constatou que, este ano, já foram pavimentados 63 km e recapeados outros 18 km.
De acordo com relatório do FORT Xingu, 32 quilômetros foram pavimentados entre a cidade de Altamira e a localidade de Belo Monte do Pontal, onde ocorre a travessia, em balsas, do Rio Xingu. O asfalto já chegou ao canteiro de obras de Belo Monte, que fica há cerca de 50 km de Altamira. As obras continuam até o final de dezembro e pelo menos outros cinco quilômetros ainda devem receber pavimento ainda este ano, de acordo com relatos dos operários que trabalhavam no local.
No trecho entre as cidades de Pacajá e Novo Repartimento, foram pavimentados 31 quilômetros de estrada e as obras também estão a todo vapor. Nos dois trechos, 75 quilômetros de estrada devem ser asfaltados este ano, totalizando mais de 100 quilômetros de asfalto no trecho entre Altamira e Marabá, que possui 500 km de extensão e deve ser concluído até 2014, para facilitar o transporte de equipamentos para a usina de Belo Monte.
Para o coordenador geral do FORT Xingu, Vilmar Soares, que liderou a vistoria nas obras, este ano está havendo um avanço importante no asfaltamento da Transamazônica. “Queríamos que a pavimentação chegasse até a travessia do Xingu e este objetivo não vai ser atingido por muito pouco. No trecho depois de Pacajá existem muitas serras rochosas e a necessidade de explosão de rochas, por isso avaliamos que houve um avanço muito bom”, diz o coordenador.
Vilmar destaca que apenas dois trechos da rodovia estão em obras de pavimentação e destaca a necessidade de que todos os trechos licitados estejam em obras no próximo ano. “Com apenas duas empresas trabalhando vamos alcançar quase 80 km de asfalto. Se todos os trechos licitados estivessem em obras, poderíamos ter chegado a 200 km de pavimentação este ano. Temos que ter este objetivo para o próximo verão”, diz Vilmar, lembrando que, para isso, é necessário o governo federal destinar mais de R$ 200 milhões para o projeto e acelerar o licenciamento ambiental dos trechos que não possuem licença.
Manutenção – Outra constatação do FORT Xingu é que foi feito um importante trabalho de manutenção dos trechos que não estão sendo asfaltados. “A estrada está muito boa, foi feita a manutenção de forma correta e isso é muito importante para melhorar o tráfego no verão e minimizar os efeitos das chuvas”, diz Vilmar Soares, destacando a necessidade de manter este trabalho todos os anos até o total asfaltamento da rodovia.
Apesar das boas condições de trafegabilidade, um problema sério são as precariedades das pontes de madeira. A maior parte destas pontes está em péssimas condições, oferecendo riscos e causando acidentes. Somente o município de Anapu registra em média três acidentes por semana nas pontes. Na semana passada, até uma viatura da Polícia Rodoviária Federal caiu em uma dessas pontes e teve que ser retirada por caminhoneiros.
Uma ponte de cimento que fica na saída da cidade de Anapu tem uma rachadura de aproximadamente 20 cm em sua estrutura, oferecendo riscos. O Corpo de Bombeiros quis interditar a ponte, mas a interdição inviabilizaria o tráfego na Transamazônica, pois não existe alternativa para atravessar o rio. A ponte, construída há mais de 30 anos, nunca recebeu uma manutenção, é estreita e precisa de reparos urgentes para não causar um acidente.
Fort Xingu
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