terça-feira, 1 de novembro de 2011

POR CAUSA DE BELO MONTE, OBRAS NA TRANSAMAZÔNICA AVANÇAM RÁPIDO



A pavimentação da Rodovia Transamazônica (BR-230) está avançando de forma mais rápida este ano, por causa do início da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os trabalhos no trecho entre a cidade de Altamira e a travessia do Rio Xingu estão acelerados e, nos próximos dias, o asfalto deve passar em frente ao canteiro de obras da hidrelétrica, há 50 quilômetros de Altamira, mas faltarão cerca de cinco quilômetros para que o trecho até a travessia seja concluído ainda este ano.

A empresa responsável pelo trecho, a Torc, já concluiu este ano 22 quilômetros de asfalto novo, e deve avançar até o final de dezembro por mais dez quilômetros. Além disso, a expectativa é que um trecho de cinco quilômetros para chegar na travessia do Xingu fique pronto para receber os trabalhos no começo do próximo verão. Além do asfalto novo, a empresa fez um recapeamento no antigo, para resistir ao aumento do tráfego por causa das obras de Belo Monte.

O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu), avalia que é importante a pavimentação entre a cidade de Altamira e as obras da usina. "A empresa está de parabéns, pois conseguiu imprimir um ritmo acelerado às obras e vai deixar o trecho até a travessia do Xingu praticamente pronto", comemora Vilmar Soares, coordenador geral do Fort Xingu.

Vilmar lamenta que nos outros trechos as obras não avançaram no mesmo ritmo. "De Altamira a Medicilândia a empresa contratada não fez nenhum metro de asfalto, o que é muito preocupante, pois este trecho tem todas as licenças ambientais e não haveria motivo para o atraso", lamenta Vilmar, acrescentando que a expectativa era de que os 90 quilômetros que separa as duas cidades estivessem completamente pavimentados até o final deste ano.

O trecho depois da travessia do Xingu até a cidade de Anapú também não recebeu obras, nem o que separa as cidades de Anapú e Pacajá. O Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) pretendia asfaltar este ano mais de 150 quilômetros da rodovia entre Altamira e Marabá, mas menos de 50 quilômetros serão efetivamente concluídos. Para Vilmar Soares, é preocupante que haja um avanço significativo apenas na parte da estrada que será mais utilizada na construção de Belo Monte. "Não podemos aceitar que se asfalte somente o trecho que interessa à construção da hidrelétrica, e que o restante da estrada continue como está. Queremos agilidade em todos os trechos e o asfaltamento completo da rodovia, pois esta é uma dívida do Brasil com esta região", finaliza Vilmar Soares, do FORT Xingu.

2 comentários:

  1. Eu apoio fielmente esse último relato feliz do presidente da FORT XINGU - Vilmar Soares- Os benefícios dessa mega obra não deve ser restrito apenas a 60 KM da Transamazônica ou multinacionais focadas somente no lucro, todos que possuem uma "gota de suor" na Br-230 merece receber os benefícios do bem vindo asfalto(desenvolvimento).

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  2. SERÁ QUE TEREMOS COMO CONTAR COM UMA PREVISAO PARA QUE O TRECHO DE MARABÁ A ALTAMIRA SEJA COMPLETAMENTE ASFALTADO?????

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