quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SENADOR ALERTA CONTRA APAGÃO NA TRANSAMAZÔNICA E OESTE DO PARÁ

O senador Jader Barbalho protocolou ontem, na mesa do Senado, requerimento em que solicita ao Ministério de Minas e Energia informações sobre o risco de racionamento de energia elétrica na transamazônica e oeste do Pará e alerta para os graves prejuízos que o problema acarretará aos moradores da região. Dando ao pedido enquadramento constitucional, o senador enfatizou, junto ao ministro Edison Lobão, a necessidade de se adotarem todas as providências possíveis para a solução do problema.

O problema acrescentou o senador, ainda com base nas informações chegadas a ele, resultou de negligência ou falha de planejamento, visto que não foram feitos em tempo hábil os investimentos que deveriam reforçar o sistema de transmissão de energia que abastece a região. Com esse objetivo deveriam ter sido construídas, antes de se iniciarem as obras de construção de Belo Monte, pelo menos três subestações, sendo uma em Altamira, uma em Vitória do Xingu e uma terceira no entroncamento das rodovias BR-163 (Cuiabá/Santarém) e BR-220 (Transamazônica).

Das três, somente a de Altamira foi construída, presume-se que para garantir o fornecimento de energia na fase de implantação do empreendimento. Com o início da obra e a consequente elevação do consumo, o sistema, como já era esperado, entrou em progressivo desequilíbrio até chegar ao ponto atual de grave desbalanceamento, o que o torna vulnerável aos riscos de blecautes e oscilações de carga. Foi um problema assim que recentemente provocou uma pane geral nos equipamentos do Hospital Regional de Santarém, enfatizou Jader Barbalho. 

No requerimento dirigido ao MME, Jader faz referência a um estudo do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) que, segundo informações chegadas ao seu conhecimento, teria detectado o problema, em decorrência do qual estariam hoje sob a ameaça de apagão elétrico nada menos de oito municípios. Num primeiro momento, seriam afetados Santarém, Belterra, Rurópolis e Itaituba. Com o progressivo desbalanceamento do sistema, o racionamento deveria ser adotado também nas cidades de Brasil Novo, Placas, Medicilândia e Uruará, alcançando um contingente populacional próximo de 600 mil pessoas. 

(Diário do Pará)

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