Na esteira da endemia que explodiu em Rondônia com as obras das usinas de Jirau e Santo Antonio, a construção de usina de Belo Monte, no Pará, também está se tornando um vetor de crimes sexuais contra menores.
Segundo dados do Conselho Tutelar de Altamira, somente no primeiro trimestre deste ano já foram registrados 32 casos, em 2009, foram denunciados 28 e em 2010, 42.
“Isso são apenas os casos registrados. Sabemos que há muitos outros que acabam não sendo denunciados. De toda forma, isso já duplica a demanda e a necessidade de atendimento”, afirma a conselheira tutelar Lucenilda Lima.
Segundo a conselheira, Altamira não tem estrutura para sustentar “um empreendimento monstruoso como esse”.
De acordo com o professor da UFPA e especialista em direitos humanos, Assis Oliveira, o ano de 2009 foi marcado pelo início do processo de implementação de Belo Monte. “Já se notou um crescimento [da violência contra crianças e adolescentes] a partir daí – e agora com as obras, é tão acelerado que as instituições não têm capacidade para suportar a demanda”.
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