A Celpa não consegue fazer os ligamentos solicitados em tempo hábil e muitas pessoas esperam meses para terem a energia ligada ou a tensão alterada. As empresas que estão se instalando em Altamira por causa da construção de Belo Monte sofrem com a demora na ligação da energia elétrica e amargam prejuízos. O prazo médio para a instalação têm sido maior do que 30 dias e em muitos casos os clientes simplesmente não tiveram a energia ligada.
Como se não bastasse, as constantes interrupções no fornecimento e as oscilações causam transtornos e prejuízos. Muitas empresas têm que substituir aparelhos eletrônicos com freqüência, que são danificados pelas interrupções e oscilações. Serviços públicos são comprometidos e locais como escolas e até hospitais sofrem com a péssima qualidade do serviço oferecido pela empresa, que possui a concessão do Estado para operar.
As constantes interrupções no fornecimento ocorrem, na maioria das vezes, sem qualquer aviso prévio, o que deixa os consumidores ainda mais revoltados. “Os prejuízos são grandes e não conseguimos nem reclamar, pois a Celpa só atende através de telefone e conseguir uma ligação é quase um milagre”, diz Vilmar Soares, empresário e coordenador do Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu).
Vilmar diz que a classe empresarial vai procurar a direção da Celpa para tentar resolver o problema e, se não houver uma resposta rápida e efetiva, a sociedade vai buscar a ajuda do Ministério Público e do Poder Judiciário para obrigar a empresa a cumprir com as suas obrigações com os consumidores, que pagam as suas contas de energia em dia e merecem mais respeito.
Fort Xingu
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