Na próxima segunda-feira (15), o Pará comemora 188 anos da Adesão à Independência do Brasil. Apesar de a maioria das pessoas conhecer o motivo do feriado, muitas não sabem a história por trás da data. “Sei que é a adesão do Pará, mas o porquê ou o ano que foi exatamente eu não sei dizer”, confessa o vendedor João de Souza. “Conheço a data, mas muitos paraenses sabem só que é feriado”, diz o aposentado Josias Sá.A independência do Brasil foi proclamada em 1822, mas só cerca de um ano depois é que aconteceu a adesão do Pará, em 15 de agosto de 1823. “Parte do Norte, a província do Grão-Pará e Maranhão era separada do Brasil. A questão na época era se o Pará iria se unir”, conta o historiador Aldrin Figueiredo.
Segundo o historiador, a adesão do Pará foi um pouco forçada. “O imperador Pedro I mandou pessoas aqui para o Estado para verificar com os governantes da época a assinatura da adesão ao novo império”. Um documento do imperador dizia que, caso não houvesse a adesão, os territórios seriam invadidos. “O documento foi assinado e depois se descobriu que não tinha esquadra nenhuma a caminho do Pará”, afirma.
Segundo o historiador, a adesão do Pará foi um pouco forçada. “O imperador Pedro I mandou pessoas aqui para o Estado para verificar com os governantes da época a assinatura da adesão ao novo império”. Um documento do imperador dizia que, caso não houvesse a adesão, os territórios seriam invadidos. “O documento foi assinado e depois se descobriu que não tinha esquadra nenhuma a caminho do Pará”, afirma.
A adesão do Pará à independência trouxe, depois, alguns conflitos, como o episódio do Brigue Palhaço, onde cerca de 200 paraenses foram mortos dentro do porão de um navio. A repressão contra movimentos populares também resultou na Revolta da Cabanagem, em 1835.
Mesmo tendo assinado o documento em 1823, somente no século XX é que a adesão do Pará passou a ser tida como feriado. “Em 1922, no centenário da independência, é que o historiador João de Palma Muniz propôs a criação do feriado para o Instituto Histórico do Pará”, explica Aldrin.
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