terça-feira, 30 de agosto de 2011

TRANSAMAZÔNICA TEVE APENAS 8 QUILÔMETROS ASFALTADOS ESTE ANO

Listada entre as obras mais importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a pavimentação da Rodovia Transamazônica avança de forma muito lenta e dificilmente será concluída dentro do prazo.

Este ano, apenas oito quilômetros foram asfaltados, no trecho entre a cidade de Altamira e a travessia do Rio Xingu, na comunidade de Belo Monte, o que tem causado preocupação na região.

A expectativa era de que até o final do ano, o trecho de cerca de 60 quilômetros fosse totalmente concluído, principalmente porque o asfaltamento deste trecho é vital para a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Além de fazer a ligação da cidade de Altamira ao canteiro de obras, este trecho permite o transporte de cargas do porto que será construído próximo à Transamazônica até Altamira, fazendo o sentido inverso.

Pelo ritmo atual das obras, dificilmente dará tempo de conclui a obra até o Rio Xingu antes que as chuvas voltem a cair na região, no final de dezembro. A empresa responsável pelas obras, a Torck, afirma que vai entregar o trecho todo asfaltado, mas se não houve um aumento do ritmo dos trabalhos, dificilmente esta missão será cumprida.

Licenças - O asfaltamento de mais de 800 quilômetros da Transamazônica entre as cidades  de Marabá e Rurópolis é considerado um projeto de importância estratégica. Junto com a pavimentação da BR-163 (Cuiabá-Santarém), integra um pacote de infraestrutura capaz de mudar a realidade socioeconômica da Amazônia, especialmente do Estado do Pará, maior beneficiário das obras. Mas na Transamazônica, a falta de licenças ambientais ainda é um entrave.

Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o Orçamento da União prevê para este ano R$ 135 milhões para obras no trecho entre Marabá e Medicilândia. O trecho, com cerca de 600 quilômetros de extensão, está dividido em quatro lotes que somam 440 quilômetros que ainda precisam ser asfaltados. Mas o governo só tem autorização do Ibama para pavimentar pouco mais de 100 quilômetros. No restante, as empreiteiras contratadas pelo governo não podem tocar a obra enquanto não houver a liberação das licenças ambientais. Apesar dos problemas, o Dnit garante que até 2014 a obra será entregue.

Redacão Ecoamazônia

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