O Ibama começou a retirar as cerca de 900 cabeças de gado apreendidas pela Operação Disparada no final de março em Novo Progresso, no sudoeste do Pará. A primeira leva de animais, que eram criados em uma fazenda ilegalmente desmatada e embargada, saiu da cidade em dois caminhões escoltados por fiscais armados e homens do Batalhão de Polícia Ambiental de Belém. Após a conclusão do processo de julgamento, os bois serão destinados a uma entidade de apoio a pessoas carentes e sem fins lucrativos do estado.
A saída do gado de Novo Progresso, um dos municípios que mais desmatam na Amazônia, foi precedida de mais de três meses de disputa na Justiça, onde o fazendeiro, autuado por crime ambiental, tentava impedir a doação do rebanho apreendido na área embargada. Neste período, o helicóptero do Ibama que dava apoio à operação Disparada chegou a ser acorrentado e reforços do instituto, da Polícia Federal e da Força Nacional foram enviados à cidade. Nesta quinta-feira, pouco antes da partida dos caminhões com os primeiros bois, houve uma última tentativa frustrada de manter os bois na cidade: uma das pontes de madeira que dá acesso ao município foi sabotada.
'Operações como as que envolvem apreensão de gado requerem paciência, determinação e objetividade. São determinantes para a vitória contra o desmatamento ilegal em toda a Amazônia, se for necessário, nelas empregaremos, todas as nossas energias', afirmou o coordenador-geral de Fiscalização Ambiental, Bruno Barbosa.
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