sábado, 13 de agosto de 2011

QUATORZE ANOS APÓS O CRIME, ACUSADO É PRESO EM ANAPU

Quatorze anos após um crime hediondo, o acusado foi preso. Manoel Graciliano Gomes foi o autor do duplo homicídio. Suas vítimas são Reginaldo de Oliveira Reis e a esposa Valdeci Caetano dos Santos, na época com 15 anos de idade e grávida de sete meses. O crime foi em março de 1998.

No final da semana passada um dos filhos de Manoel sofreu um acidente e morreu. O pai foi até o velório do rapaz e lá, no momento do enterro, foi reconhecido por familiares das vítimas de Manoel. Feito o comunicado à polícia, Manoel foi preso e já está no Centro de Recuperação de Altamira. O agricultor negou as acusações, mas testemunhas o reconheceram como um dos autores do crime que vitimou o casal de jovens e um bebê que estava há sete meses na barriga da mãe.

Segundo informações do próprio acusado, ele morava no município de Anapu onde se escondia desde que foi apontado como autor do duplo homicídio. De acordo com a família da adolescente, antes de ser morta ela foi estuprada e o filho que esperava foi brutalmente assassinado por Manoel e Manga Rosa, este preso em 1999, mas conseguiu fugir.

Revoltado, o pai de Waldeci disse que a justiça foi feita. “A gente esperou e eu sempre acreditei que um dia ele ia pagar pelo que fez na minha família. É um alívio”, disse. Benedito Pereira Santos, o filho da vítima, hoje com 14 anos de idade, esteve na delegacia e, revoltado com a morte da mãe, pedia justiça junto com o avô.

Segundo a polícia, o crime foi motivado porque o pai de Reginaldo teria ciúmes da relação do casal. De acordo com a família, Manoel contava o crime a algumas pessoas de Anapu, quando estava sob efeito de bebida. Na delegacia, o acusado disse que teria recebido dinheiro para executar o casal. Disse também que foi embora do travessão onde morava porque sofria ameaças e por isso preferiu ficar escondido.

Já à disposição da Justiça, no Centro de Recuperação Penal de Altamira, se condenado ele deverá responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáveres. (Diário do Pará)

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