sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FORT XINGU DEFENDE DEBATE MAIS AMPLO SOBRE DESTINAÇÃO DA MADEIRA DE BELO MONTE


O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu) defende um debate mais aberto e amplo sobre a destinação da madeira que será retirada da área onde será construída a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O fórum acredita que a sociedade da região não pode ser excluída das discussões, especialmente o setor florestal e as entidades representativas da cadeia madeireira.

O FORT Xingu lembra que somente em Altamira existem mais de 20 indústrias madeireiras paradas por falta de matéria-prima legalizada e que qualquer definição sobre a destinação da madeira de Belo Monte deve considerar esta realidade. Estas empresas têm capacidade de produzir de forma sustentável, gerando emprego e renda, e são uma opção econômica com a desmobilização da mão de obra da usina.

O fórum acredita que esta madeira pode contribuir para a reativação do setor florestal de Altamira, portanto este setor não pode ficar de fora das discussões sobre a destinação da matéria-prima. Além disso, o FORT Xingu lembra que esta madeira está em áreas que estão sendo compradas pela Norte Energia de produtores rurais, que discutem sobre uma possível compensação pela cobertura vegetal das propriedades.

Para o fórum, qualquer discussão sobre a destinação desta matéria-prima não pode ignorar também discussões já iniciadas pelas próprias entidades ligadas à questão e as realidades locais, sob risco de questionamentos das decisões que forem tomadas sem o aval da sociedade local. O FORT Xingu também defende um acompanhamento rigoroso dos órgãos ambientais sobre o processo, para evitar possíveis ilegalidades e mau uso deste recurso.

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