Privatizada em 1998, a Celpa (Centrais Elétricas do Pará) passa por um dos piores momentos da sua história
Privatizada em 1998, a Celpa (Centrais Elétricas do Pará) passa por um dos piores momentos da sua história desde então e, agora, a sua controladora, o Grupo Rede Energia, admite que passa por dificuldades com a empresa, responsável por 143 municípios e 1,6 milhão de consumidores no Norte do País. A dívida seria da ordem de R$ 2 bilhões. Diante disto, a Celpa anunciou na terça-feira (28) que entrou com pedido de recuperação judicial na comarca de Belém.
Em comunicado ao mercado, a distribuidora afirmou que o pedido de recuperação foi inevitável diante do agravamento de sua crise econômico-financeira e da necessidade de garantir a prestação de serviço aos consumidores. “A medida visa a proteger o valor dos ativos da Celpa, atender de forma organizada e racional aos interesses dos credores e, principalmente, manter a continuidade de suas atividades”, destacou, em nota.
Na documentação que baseia o pedido de recuperação judicial, a concessionária atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os problemas financeiros enfrentados nos últimos anos. Pelos relatórios, ela afirma que está atravessando um grave período de turbulência provocado por regras adotadas pela Aneel, que resultaram em aumento das dívidas.
A distribuidora lista pelo menos meia dúzia de normas adotadas pela agência que prejudicaram seu desempenho. Entre elas, a exigência de altos investimentos; a abertura de postos de atendimento em localidades com mais de 10 mil unidades consumidoras; grave inadimplência das prefeituras, com dificuldade de suspensão do fornecimento de energia; e alteração de regras nos processos de revisão tarifária, o que teria reduzido as expectativas de retorno da empresa.
O documento também relata o fato de o Estado do Pará ter regiões pouco povoadas e desenvolvidas, com maior índice de pobreza e infraestrutura precária, o que eleva os custos operacionais para manutenção, investimento e prestação de serviços. Ainda segundo a petição inicial, o resultado final do processo de revisão tarifária proposto pela Aneel resultou numa diminuição das margens de lucro e aumento do endividamento. O fato de a revisão tarifária ocorrer a cada quatro anos também é motivo de crítica pela empresa.
A deterioração das condições econômico-financeiras do grupo Rede Energia já é amplamente conhecida pelo mercado. Segundo fontes, há algum tempo a empresa tenta encontrar um comprador para seus ativos. A chinesa State Grid, por exemplo, já teria avaliado a empresa, mas desistiu da negociação por causa do elevado nível de endividamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Estado.
ELETROBRAS
De outro lado, a estatal Eletrobrás estuda entrada no capital do Grupo Rede Energia, o que depende da decisão do governo federal, segundo o seu presidente, José da Costa Carvalho Neto. "Não entramos no processo de venda do Grupo Rede, mas o grupo tem um certo desconforto econômico-social e vai ser uma decisão do governo federal. Pode ser que a Eletrobras tenha que dar alguma ajuda", disse o presidente.
O acionista majoritário do Grupo Rede colocou à venda sua fatia de 54 por cento na companhia, mas interessados como AES e State Grid já desistiram do negócio, e analistas consideram que o vendedor poderia ter mais sucesso na operação com a venda desmembrada dos ativos do grupo.
A CPFL ainda estaria negociando com o Grupo Rede, embora a empresa não confirme oficialmente, mas não teria interesse em todos os ativos. O Grupo Rede tem concessionárias de distribuição em sete estados brasileiros.
Privatizada em 1998, a Celpa (Centrais Elétricas do Pará) passa por um dos piores momentos da sua história desde então e, agora, a sua controladora, o Grupo Rede Energia, admite que passa por dificuldades com a empresa, responsável por 143 municípios e 1,6 milhão de consumidores no Norte do País. A dívida seria da ordem de R$ 2 bilhões. Diante disto, a Celpa anunciou na terça-feira (28) que entrou com pedido de recuperação judicial na comarca de Belém.
Em comunicado ao mercado, a distribuidora afirmou que o pedido de recuperação foi inevitável diante do agravamento de sua crise econômico-financeira e da necessidade de garantir a prestação de serviço aos consumidores. “A medida visa a proteger o valor dos ativos da Celpa, atender de forma organizada e racional aos interesses dos credores e, principalmente, manter a continuidade de suas atividades”, destacou, em nota.
Na documentação que baseia o pedido de recuperação judicial, a concessionária atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os problemas financeiros enfrentados nos últimos anos. Pelos relatórios, ela afirma que está atravessando um grave período de turbulência provocado por regras adotadas pela Aneel, que resultaram em aumento das dívidas.
A distribuidora lista pelo menos meia dúzia de normas adotadas pela agência que prejudicaram seu desempenho. Entre elas, a exigência de altos investimentos; a abertura de postos de atendimento em localidades com mais de 10 mil unidades consumidoras; grave inadimplência das prefeituras, com dificuldade de suspensão do fornecimento de energia; e alteração de regras nos processos de revisão tarifária, o que teria reduzido as expectativas de retorno da empresa.
O documento também relata o fato de o Estado do Pará ter regiões pouco povoadas e desenvolvidas, com maior índice de pobreza e infraestrutura precária, o que eleva os custos operacionais para manutenção, investimento e prestação de serviços. Ainda segundo a petição inicial, o resultado final do processo de revisão tarifária proposto pela Aneel resultou numa diminuição das margens de lucro e aumento do endividamento. O fato de a revisão tarifária ocorrer a cada quatro anos também é motivo de crítica pela empresa.
A deterioração das condições econômico-financeiras do grupo Rede Energia já é amplamente conhecida pelo mercado. Segundo fontes, há algum tempo a empresa tenta encontrar um comprador para seus ativos. A chinesa State Grid, por exemplo, já teria avaliado a empresa, mas desistiu da negociação por causa do elevado nível de endividamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Estado.
ELETROBRAS
De outro lado, a estatal Eletrobrás estuda entrada no capital do Grupo Rede Energia, o que depende da decisão do governo federal, segundo o seu presidente, José da Costa Carvalho Neto. "Não entramos no processo de venda do Grupo Rede, mas o grupo tem um certo desconforto econômico-social e vai ser uma decisão do governo federal. Pode ser que a Eletrobras tenha que dar alguma ajuda", disse o presidente.
O acionista majoritário do Grupo Rede colocou à venda sua fatia de 54 por cento na companhia, mas interessados como AES e State Grid já desistiram do negócio, e analistas consideram que o vendedor poderia ter mais sucesso na operação com a venda desmembrada dos ativos do grupo.
A CPFL ainda estaria negociando com o Grupo Rede, embora a empresa não confirme oficialmente, mas não teria interesse em todos os ativos. O Grupo Rede tem concessionárias de distribuição em sete estados brasileiros.
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