Após seis anos sem atuação de crédito rural, o município de Porto de Moz, na região do Xingu, receberá o repasse de quase R$ 270 milhões do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf B), para pescadores artesanais atendidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). O recurso beneficiará 111 projetos e será destinado para a compra de motor rabeta, caixas térmicas, rede. Os contratos serão assinados nos próximos dias 29 e 30, com o Banco da Amazônia. O recurso será pago através de cheque administrativo no próprio município, aquecendo a economia local e evitando que o pescador se desloque até Altamira, agência bancária mais próxima, a 10h de barco.
Responsável pela terceira maior economia em Porto de Moz, o setor pesqueiro vem sendo estimulado pela Emater através de acordos de pesca entre as comunidades ribeirinhas, respeitando o período de defeso das espécies capturadas, como tambaqui, filhote, pirapitinga, dourada e o pirarucu, essa última espécie já com pesca proibida em quatro estados do Brasil. Para a preservação das espécies, a Emater realiza um trabalho de conscientização dos pescadores, bem como orientação para a organização da produção e comercialização do pescado para que se evite o atravessador. “A pesca em Porto de Moz é praticada totalmente de forma artesanal. A introdução dos novos equipamentos vai aumentar a captura do pescado em pelo menos 15%”, ressaltou Jackson Lima, técnico em agropecuária da Emater.
No município está sendo implementada uma unidade administrativa em conjunto com o Instituto Federal de Educação Tecnológica do Pará (IFPA), para a criação de tambaqui em tanque rede. Vinte famílias da colônia de pesca serão envolvidas no processo, que tem finalidade de diversificar o modelo de produção do pescado e diminuir o impacto de captura do peixe nativo. Já foram encaminhados ao Banco da Amazônia 19 novos projetos, para pecuária de leite e corte, para o Pronaf Mais Alimentos. O valor dos créditos chega a quase dois milhões de reais.
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