quinta-feira, 3 de maio de 2012

ELEIÇÃO VAI CRIAR 1 MILHÃO DE EMPREGOS NO BRASIL

Milhares de vagas devem ser abertas em todo o país. Para ocupá-las só é preciso disposição para ganhar as ruas e gastar sola de sapato. Dois ou três meses de trabalho e salários variando do mínimo de R$ 622 a cerca de R$ 1 mil. As vagas são temporárias. A expectativa não é um planejamento para as contratações de Natal, mas para o período de julho a outubro, quando os políticos vão contratar um batalhão de cabos eleitorais para correr atrás do seu voto.

Foi-se o tempo em que amigos, parentes e aliados políticos eram o suficiente para ajudar na campanha. A profissionalização está cada vez maior. O trabalho vai desde servir cafezinho nos comitês, distribuir panfletos, balançar bandeiras em pontos estratégicos, pintar muros ou colocar placas e cavaletes com a imagem e o número do candidato.

Pelos cálculos do cientista político Gaudêncio Torquato, 15 setores da economia, como o têxtil, publicitário, serviços, automobilístico, fonográfico e marketing, devem ser movimentados. Estimando um total de 22 mil candidatos a prefeito e mais de 100 mil a vereadores, Torquato acredita que um contingente de 3 milhões de pessoas trabalhem, das quais 1 milhão de forma remunerada. "A campanha eleitoral gera um produto interno bruto (PIB) muito alto nas cidades médias. É um dinheiro a mais para muitos, mas quem vai vestir a camisa do candidato são familiares e amigos. Os contratados vão trabalhar de maneira utilitária", afirmou.

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