terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CORPO DE JOVEM MORTA EM ACIDENTE É VELADO EM ALTAMIRA

Está sendo velado, na manhã desta terça-feira (14), na casa da família, em Altamira, o corpo da jovem Rayongrith Nascimento Silva, de 17 anos, atropelada e morta, enquanto caminhava na calçada da Avenida Gentil Bittencourt, próximo da Avenida Generalíssimo Deodoro, no bairro de Nazaré, em Belem, o sepultamento acontece às 17 horas no cemitério municipal João Rodrigues.

Emoção e revolta marcam o velório da jovem. O pai da jovem, Raimundo Castro, conta que a última vez que falou com a filha foi na manhã do dia do acidente. 'Ela pediu para que orasse por ela', disse emocionado o pai de Rayongrith, que é evangélico. Logo após falar com a filha, o pai conta que, na tarde do dia do acidente, ela postou uma mensagem em seu perfil de uma rede social com os dizeres 'Deus tem um outro caminho para mim'.

Muito emocionado ele conta que a filha estava em Belém para estudar e que seu sonho era ser médica e cobrou punição ao advogado que a atropelou. 'Quero justiça para esse advogado que tirou a vida da minha filha tão bruscamente', desabafou. A adolescente estudava na Escola Estadual Visconde de Souza Franco, onde concluiria o 3º ano do Ensino Médio. Rayongrith estava em Belém para estudar.

CASO - O acidente de trânsito que vitimou a estudante Rayongrith Nascimento Silva, de 17 anos, e Fabrício da Silva Pereira, de 19 anos, no bairro de Nazaré, em Belém, aconteceu quando o advogado Pedro Augusto Dias da Silva Caxiado, de 24 anos, perdeu o controle do veículo e bateu em um contêiner, que acabou atingindo o casal. Rayongrith morreu na hora e Fabrício foi hospitalizado.

O acidente ocorreu por volta das 23 horas do domingo (12). O impacto da colisão foi grande o suficiente para mover o contêiner de ferro do acostamento para a calçada, a metros de distância. Logo após a colisão, de acordo com testemunhas, Pedro Caxiado, que aparentava embriaguez, deu marcha a ré e tentou fugir, mas foi perseguido por outros motoristas e bloqueado quando estava perto da avenida Conselheiro Furtado.

Carro de Pedro Caxiado após o acidente. Foto: Antônio Silva (O Liberal)

O taxista Jorge Augusto, de 36 anos, foi um dos motoristas que evitaram a fuga do advogado e também destacou que o jovem aparentava embriaguez. 'Eu só escutei o barulho, não deu tempo para ver se havia vítimas. Minha reação foi seguir o motorista e evitar que ele fugisse. Por sinal, ele (o acusado) parecia muito embriagado', disse. Na ocasião, Pedro Caxiado dirigia um Peugeot de cor prata e placas NSE-8238.

Ainda no local do acidente, testemunhas afirmaram que Rayongrith estava do lado direito da calçada, próximo da pista, enquanto Fabrício estava do lado esquerdo, próximo a ela.

'Esse trecho da rua é terrível, pois com este prédio em construção os pedestres são obrigados a transitar pela pista. Acho que o fato de os dois estarem na calçada evitou que o rapaz também morresse, caso contrário, os dois seriam esmagados nesse contêiner', disse uma moradora da área que preferiu não se identificar.

A irmã de Fabrício, Franciane da Silva Pereira, foi rapidamente informada do acidente, pois ambos moram nas proximidades, e saiu correndo para ver o que havia ocorrido. 'O meu irmão tinha ido deixar a Rayongrith na parada de ônibus, pois amanhã teriam aula.

Fabrício foi levado às pressas para o Hospital de Pronto-Socorro Municipal Mario Pinotti.

 O motorista foi preso, mas liberado, após pagar fiança no valor de R$ 1.886,72.

O Liberal

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